Pastoreando o Coração da Criança III - O desenvolvimento de seu filho: Orientação em Direção a Deus

 
Definição

Precisamos entender que a tese mais importante desse capítulo é que a direção para quem a criança está voltada determinará sua reação àquelas influências formativas. Vejamos dois textos para nos ajudar nessa compreensão:

Quem corrige o zombador 
traz sobre si o insulto; 
quem repreende o ímpio 
mancha o próprio nome. Não repreenda o zombador, 
caso contrário ele o odiará; 
repreenda o sábio, e ele o amará. Instrua o homem sábio, 
e ele será ainda mais sábio; 
ensine o homem justo, 
e ele aumentará o seu saber. “O temor do Senhor 
é o princípio da sabedoria, 
e o conhecimento do Santo 
é entendimento. Prov 9:7-10.

O temor do Senhor = Sabedoria = Ação

Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” Prov 4:23.

O significado

O quadro a seguir representa a criança como um ser de aliança, um ser religioso. Essa expressão é para lembrar-nos de que todos os seres humanos têm uma orientação em direção a Deus. Todos são essencialmente religiosos. As crianças são adoradoras, ou adoram a Javé ou os ídolos. ELAS NÃO SÃO NEUTRAS!!! As crianças filtram as experiências da vida através de uma peneira religiosa que lhe serve de referencial.

                            Captura de Tela 2013-06-14 às 20.37.08

Dois Caminhos a Escolher

O segmento esquerdo superior do quadro mostra uma pessoa que é um adorador do único Deus verdadeiro. A seta apontada em direção a Deus indica a orientação do seu coração: essa pessoa quer conhecer e servir a Deus, cada vez mais. A seta apontada a partir de Deus indica que Ele inicia e sustenta ativamente a atuação deste seu filho. A divisão esquerda inferior mostra uma pessoa envolvida em idolatria. Ela curva-se diante de coisas que não são Deus e não podem satisfazer.

Para ser preciso, uma criança pode não estar consciente de seu compromisso religioso, mas ela nunca é neutra.

Duas passagens nos ajudam nessa compreensão:

Os ímpios erram o caminho desde o ventre; 
desviam-se os mentirosos desde que nascem. Salmos 58:3

Sei que sou pecador desde que nasci, 
sim, desde que me concebeu minha mãe. Salmos 51:5

Estes versículos são muito instrutivos. Mesmo uma criança no ventre, ou uma recém nascida, é obstinada e pecadora, por isso uma das justificativas para utilizar a vara nas crianças é que “a insensatez está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a livrará dela” (Provérbios 22:15).

O ponto central deste provérbio é que alguma coisa está errada no coração da criança e requer correção.

O coração não é Neutro

Uma vez que não há neutralidade no coração da criança, ou elas adoram a Deus ou os ídolos. Estes ídolos não são pequenas estátuas, mas os sutis ídolos do coração, alguns exemplos desses ídolos são: desejos maus, cobiça, orgulho, egoísmo, etc.

Enquanto as crianças interagem com sua experiência de infância, o fazem a partir de uma orientação em direção a Deus, seja de fé que o reconhece e o aceita ou de incredulidade que o nega e o rejeita.

A quem a Criança Adorará?

É importante ser claro nesta questão. Criar filhos não é apenas prover bons estímulos. Criar filhos não é apenas criar uma atmosfera construtiva no lar e uma interação positiva entre o filho e seus pais. Há uma outra dimensão. A criança está interagindo com o Deus vivo. Está adorando, servindo e crescendo em entendimento das implicações de quem é Deus, ou está buscando sentido na vida sem um relacionamento com Deus.

Se está vivendo como um tolo e diz em seu coração: “não há Deus”, tal pessoa não deixa de ser uma adoradora, ela simplesmente adora o que não é Deus. Parte da tarefa dos pais é pastoreá-la como uma criatura que adora, mostrando-lhe o Único que é digno de adoração. A questão não é: “ela vai adorar?”, mas sempre: “A quem ela vai adorar?”.

A importância da orientação em direção a Deus

As influencias formativas não constituem a história completa da formação da criança. Se o homem fosse apenas a soma total das influências que o moldam (determinismo) muito seriam bem diferentes do que são hoje.

Em meio as influências formativas difíceis, podemos nos entregar a Deus, que nos transforma em pessoas que reagem a partir de um relacionamento vivo com Ele e não a partir das influências.

Resumo

Existem dois critérios que orientam a formação do tipo de pessoa que seus filhos se tornarão: 1o As influências formativas da vida e 2o Sua orientação em direção a Deus. Portanto, a criação de seus filhos deve se dirigir a ambas as questões. Preocupe-se em como estruturar as influencias formativas da vida, mas pastoreie ativamente o coração de seus filhos, dando-lhes orientação em direção a Deus.

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