Descartando métodos não bíblicos
DEFINIÇÃO
Uma
pequena menina atraiu minha atenção. Era uma criança bonita. Cada detalhe de
sua roupa e maneiras de enfeitar-se falava de riqueza, ela e sua mãe, tal como
eu, aguardávamos um vôo. A beleza desta criança era exterior, pois mostrava-se
exigente e petulante. Era evidente que sua mãe, cansada de viajar, estava a
ponto de impor sua autoridade. Então aconteceu! A criança resmungou, exigindo
isso e aquilo. Sua mãe tentou aquietá-la, mas a criança estava implacável.
Finalmente, a cansada mãe virou-se para ela e disse: “Estou cheia de você, eu a
odeio! Vá embora, encontre outra pessoa e grite com ela! Não quero você, não
aguento mais você! Suma da minha vista!
A
garotinha foi em direção de sua mãe e disse:
“Desculpe,
mamãe. Eu amo você, mamãe”.
Visto
sob uma perspectiva, alguns poderão dizer que aquilo é ser bem sucedido na
educação de filhos, pois o comportamento da garotinha foi rapidamente alterado,
mas a que custo? A cura que a mãe usou foi pior que a enfermidade! Por essa
razão não podemos ser indiferentes a metodologia, pois ela é tão importante
como os objetivos.
Métodos não bíblicos
Abordagens não bíblicas nos
alcançam de muitas maneiras. Através de livros, de programas de TV, de
especialistas que prometem dar respostas sobre o assunto, de nossas próprias
mentes ou da mente de outros, vejamos os mais comuns.
Não acabei tão mal
Infelizmente muitos não analisam a metodologia. Apenas ficam
irados e gritam. Quando estão saturados batem nos filhos e tornam-se cada vez
mais frustrados, quando desafiados respondem: “Meu pai gritava comigo e, as
vezes me agredia, não gostava, mas acabei aprendendo e não acabei tão mal.
Nesse método a confrontação e o abuso estão em alta, mas há outros métodos que
simplesmente são reproduções impensadas daquilo que se viveu na relação com os
pais.
Psicologia
popular
Esse método baseia-se no suborno e
foi a resposta de um especialista. Segundo ele o caminho era uma negociação
onde os adultos deveriam usar seus poderes, subornando as crianças a fazerem o
que desejam. Se seu filho não limpa o quarto, suborne-o. Na semana em que ele
limpar o quarto, dê-lhe um chocolate ou algum dinheiro. Tudo o que tem de fazer
é ser criativo. Uma outra forma é estabelecer um contrato que lhe garantam a
realização das coisas que deseja.
Mudança de
comportamento
Alguns métodos da psicologia
popular dirigem-se à mudança de comportamento. A ideia é simples. Recompensa-se
o bom comportamento de alguma forma tangível, ignora-se ou até pune-se o
comportamento ruim. Embora eu não seja contra o elogio a criança por fazer o
que é certo, rejeito a noção de que as crianças deveriam ser recompensadas por
cumprirem responsabilidades normais. Vejamos um exemplo desse método: Uma família que conheço
desenvolveu o seguinte: Cada vez que seus filhos reagiam positivamente a
qualquer coisa, colocavam o nome da criança em um pedaço de papel e o
depositavam em um jarro. Qualquer coisa que a criança fizesse que fosse certa
seu nome ia para o jarro. Se ela fizesse alguma coisa errada seu nome sairia do
jarro. No fim da semana, um nome era retirado do jarro e a criança vencedora
ganhava um presente. As crianças rapidamente aprenderam a regra do jogo.
Ponha seu nome no jarro o maior
número de vezes possível!!!
Você quer saber o resultado.
Funcionou muito bem!!! Foi um instrumento eficaz para ensinar as crianças a
serem egoístas, motivadas por recompensas e a ganharem a aprovação dos pais
pelo comportamento. Em contrapartida a Bíblia nos
ensina que as recompensas são o resultado da obediência e não o fim. (1 Samuel
2:30).
Emocionalismo
Esse método foi o usado pela mãe de nossa ilustração
inicial. Sua base é o apelo às emoções, em outras palavras, trata-se da
“famosa” chantagem emocional.
Correção
punitiva
Alguns usam a abordagem punitiva. Esses usam a ameaça da
punição para controlar as crianças. Há muitas variações desse tema. A punição
pode ser uma surra, um grito, a privação de algo que a criança deseja, prender
no quarto, ficar sem TV, sem sair, etc.
O problema aqui é que frequentemente as questões que
ocasionaram o mal comportamento não são abordadas, assim castigar não é corrigir,
pois não aborda as questões do coração de uma maneira bíblica. O coração está
sendo alcançado, mas de uma forma errada.
Ecletismo
inconsistente
Essa abordagem é exatamente o que
o nome indica. É passível de erro por ser mutável. Não há consistência. É
eclética, porque livremente extrai suas bases de várias fontes. Uma semana
usa-se um método, na semana seguinte outro e ao ouvir um terceiro rapidamente
migram para ele. Esse método é ainda pior que os anteriores, pois deixam as
crianças perdidas e confusas.
Avaliando
métodos não bíblicos
Onde nos levam esse métodos não bíblicos? Que tipos de
frutos produzem? Embora tenhamos falado sobre vários métodos, todos levam ao
mesmo problema. Uma educação superficial, em vez de nos conduzir a pastorear os
corações das crianças.
Resumo
Tomemos como exemplo uma criança que esteja com problemas em fazer o dever de casa:
Abordagem de suborno – Faça seu dever toda semana e vou levá-lo ao jogo de futebol;
Abordagem emocional – Por favor faça seu dever. Sinto-me tão mal quando não o faz. Tenho
vontade de morrer;
Abordagem punitiva – Você não fez seu dever, portanto, nada de TV por uma semana, se
falhar novamente nada de TV por duas semanas;
Mudança de comportamento – Em cada dia que você fizer a tarefa, colocarei no jarro um pedaço de papel
com seu nome;
Não acabei tão mal – Quando não fazia o dever meu pai “-----”, isso não me fez mal,
aprendi a fazer meu dever.